Cuidando de seu Instrumento de Corda
Tutorial completo de
Preservação dos Instrumentos de Corda
As guitarras costumam dar muito trabalho se ficarem muito tempo sem cuidados e manutenção. Principalmente, se estiverem inativas e com cordas colocadas e afinadas. Se pretender deixar seu instrumento hibernando por um longo período, tire as cordas e guarde dentro de um bag ou estojo. Para quem toca todo dia, o ideal é deixar o instrumento fora do case ou bag, respirando como qualquer mortal. Basta não deixar a poeira acumular. Escolha um local arejado e lembre que as condições ideais para instrumentos de cordas feitos de madeira são de 50% de umidade e 50% de secura.
Muita umidade irriga demasiadamente as fibras da madeira, deixando-as mais suscetíveis a perda de resistência mecânica. Os braços costumam empenar para frente, deixando as cordas altas em relação a escala. Se a guitarra estiver afinada, as cordas tencionam cada vez mais os braços de forma que tendem a empenar. Um set de cordas de calibre .009 exercem aproximadamente 39 quilos de força sobre os pontos de apoio da guitarra.
A secura excessiva provoca retração das fibras e perda de massa. O braço tende a empenar para trás ( na direção oposta as cordas), provocando trastejamento e torções na escala.
O ideal é o controle, procurando sempre observar as condições do meio ambiente. Se o local tem umidade acima do normal, é aconselhável soltar as cordas quando não estiver tocando. Já, em local seco, basta deixar o instrumento afinado, mas sempre de olho no braço do instrumento.
As guitarras, os contrabaixos e alguns tipos de violões têm um dispositivo de ajuste no braço, chamado de tensor. Esse sistema tem limitações, mas o luthier, é o profissional mais indicado para fazer a regulagem.
Com relação à parte elétrica, as peças defeituosas podem ser trocadas. Os problemas são decorrentes de desgaste natural pelo uso, baixa qualidade das peças, oxidação e fatores externos (sujeira, batidas e manipulação errada). Os sintomas são: ruído, chiado, mau funcionamento e perda de sinal.
Quanto a ferragens como: pontes, tarraxas e parafusos, o grande vilão é a oxidação ( umidade relativa do ar, suor) e a má conservação. Não use produtos muito abrasivos para lustrar as ferragens, basta polir com uma cera automotiva, mas pouco e só de vez em quando. Uma flanela macia e seca é o ideal no dia a dia. Peças douradas perdem a cor rapidamente, nem mesmo a flanela deve ser usada com muita frequência.
Os captadores sofrem com a poeira e umidade. É importante evitar que a poeira entre no captador e penetre na bobina . As partículas de poeira geralmente trazem a umidade, que oxida e provoca o rompimento do fio da bobina. Consequentemente, o captador começa a perder sinal, falha e finalmente pifa. Convém manter sempre o captador limpo e livre de poeira.
Imagine a quantidade de poeira acumulada dentro de um violão? Pelo fato de ser um instrumento acústico, o estrago começa de dentro para fora, afetando tanto a estrutura interna como o timbre. A dica é limpar periodicamente o instrumento tirando a poeira com uma escova de cerdas macias ou com uma flanela limpa. Já o violão, use um aspirador de pó para retirar a sujeira, mas faça com cuidado.
Para dar um trato no visual, primeiro verifique o tipo de acabamento do instrumento. Marcas como Gibson e Martin têm acabamento em nitrocelulose e devem ser limpos com polidores específicos. Caso o produto não seja compatível, pode haver uma reação química que vai comprometer o acabamento. Instrumentos que tem acabamento em verniz bi-componente (poliuretano) podem ser lustrados com um polidor líquido de móveis. Outro tipo de acabamento é o encerado, mais simples e suscetível a riscos e marcas. A cera de carnaúba é a mais indicada para a limpeza e o trato no visual.
Para a escala escura, use um óleo de limão, peroba, laranja ou nozes. Pode ser encontrado em casas de ferramentas ou casa de tintas. Para escala clara, óleo de peroba do campo ou um lustrador líquido (compatível com o verniz). Para os trastes, isole a escala com fita crepe e passe cera automotiva, para lustrar depois.
A regulagem do instrumento também é considerada como um cuidado básico e fundamental. Basta procurar um luthier de confiança, ou fazer um curso para aprender a mexer na sua guitarra. Qual as chances de conseguir fazer uma regulagem razoável sem ter qualquer prática em manutenção ou ajustes? Muito poucas... mas o que vale é a consciência, aos poucos com ajuda do luthier, revistas, Internet e cursos...muita coisa pode ser feita pelo músico.
A regulagem geral engloba:
- caprichar na verificação dos trastes, e em caso de desgaste ou trastejamento, será necessário fazer uma retífica ou um nivelamento dos trastes.
- ajuste do tensor
- colocação de cordas novas
- regulagem da ponte
- regulagem de entonação (oitavas)
- checagem de parte elétrica
- checagem do hardware
- limpeza
Cordas e cabos
Devem ser trocadas quando estiverem com timbre tosco, sem brilho e nem espere que fiquem em estado de miséria para trocar. Cordas velhas danificam os trastes e no final das contas, sai caro trocá-los ...a regularidade depende de cada músico, uma média razoável seria trocar o encordoamento uma vez por mês.
Procure comprar cabos de boa qualidade; nada adianta ter um equipamento de primeiro escalão e economizar com cabos que mais parecem barbantes. Cabos ruins produzem ruídos, captam interferências e pifam com facilidade. Mantenha os plugs dos cabos limpos, para não sujar os conectores da guitarra, dos efeitos e amplificadores. Sempre enrole os cabos em espiras grandes e cheque tirando a capa dos plugs para ver se os fios estão devidamente soldados.
Efeitos e amplificadores
Aparelhos eletro-eletrônicos devem sempre estar limpos e livres de umidade. Os efeitos devem usar fontes específicas para cada marca e os racks de efeito devem estar protegidos usando um condicionador de força. Os amplificadores devem ser revisados periodicamente e os cuidados com a timbragem influem diretamente na integridade do aparelho. Os cuidados maiores devem ser com a verificação da voltagem e com o transporte.
Não use cabos de guitarra para conectar o cabeçote com a caixa, use um cabo paralelo polarizado.
Procure não transportar amplificadores valvulados logo depois de usá-los, espere as válvulas esfriarem. Nem coloque o ampli quente dentro de cases, espere esfriar as válvulas.
A rede elétrica no Brasil também é instável e tem sido um grande problema para equipamentos em geral. Verifique o que pode ser feito na sua rede local para ter uma corrente elétrica estável.
Afinadores, cabos e correias.
Afinadores eletrônicos:
No mercado encontramos muitos tipos e modelos, o suficiente para deixar qualquer um confuso e indeciso. Os modelos mais simples, análogos com ponteiros, ou aqueles com visor de cristal líquido funcionam normalmente, esses considerados mais simples tem uma performance boa no uso caseiro, mas podemos considerar deficientes em relação ao uso profissional, por exemplo...(no palco, no backstage, no estúdio, ensaio.....) Por quê? ora...em casa tranquilo com tempo e sem afobação é uma coisa, imagine você em cima do palco, maior adrenalina, tensão, no intervalo de uma música a outra e você lá consegue se ver "brigando" com o afinador? ou voce que é roadie em pleno trampo de palco? Pois é, nem queira imaginar.... Já com um afinador de mais qualidade e recursos a coisa é diferente, ou seja, é menos um problema a resolver, tenha certeza que vale a pena. .
Quando escolhemos um afinador de marca conhecida ou "brand" consagrado, custo de médio/alto ou "top de linha", sensibilidade rápida, visores amplos, indicadores luminosos, leitura cromática(as 12 notas), conversão automática, regulagem de pitch e opção de alimentação(fonte ou bateria 9V), teremos no caso a escolha ideal, de marca para marca temos algumas diferenças de operação e visual, mas desse nível com todos os recursos citados é o "the best".
Afinadores embutidos em pedaleiras multi-efeitos são simples e funcionam corretamente, porém dinamicamente falando estão longe do ideal, no estudo e ensaio pode ser útil, mas nas regulagens elas são lentas e podem proporcionar leituras incorretas. .
A regulagem de oitavas do instrumento garante a entonação correta da região "high position",ou seja, nas regiões mais agudas do instrumento, onde é importante que as notas estejam com o "pitch" perfeito, um afinador de alta qualidade garante a boa regulagem com rapidez e precisão. Muitos técnicos de guitarra e luthiers fazem a regulagem dos tremolos de guitarras (tipo Floyd Rose) com parâmetro de referência observados no afinador. No backstage de um show onde você não tem como ligar a guitarra num amplificador e "ouvir" é uma alternativa coerente.
Contrabaixistas que tem instrumentos de 5 e 6 cordas costumam reclamar que seus afinadores não "sentem" a 5ª ou 6ª corda, ou demoram muito para a leitura. Como é uma corda grossa e se ainda houver uma opção de afinar em tons baixos, a leitura pode ser lenta e dependendo do afinador nem acontece. Mesmos alguns afinadores de marca de bom preço e qualidade podem falhar nesse caso.
Agora imagine voce no palco em pleno show e seu afinador falhando ou deficiente quando voce precisa dele, um bom "termômetro" são os roadies e técnicos de instrumentos, acostumados a trabalhar sob pressão, tensos, em condições adversas, com pouca luz(por isso afinadores com "leds" ou indicadores luminosos são importantes) e resistentes. Não dá pra confiar em qualquer um.
Agora imagine voce no palco em pleno show e seu afinador falhando ou deficiente quando voce precisa dele, um bom "termômetro" são os roadies e técnicos de instrumentos, acostumados a trabalhar sob pressão, tensos, em condições adversas, com pouca luz(por isso afinadores com "leds" ou indicadores luminosos são importantes) e resistentes. Não dá pra confiar em qualquer um. .
Adicionar o afinador junto com os efeitos é um procedimento comum, alguns poucos tipos são no formato rack ou "half-rack"(metade do tamanho de um rack padrão), mas a maioria são compactos. A perda de sinal é pouca e não significa prejuízo ao timbre, a menos que você seja Eric Johnson ou Lenny Kravitz, então.... A alimentação por bateria de 9 volts é bem comum, mas sempre verifique com o multímetro e nem deixe a bateria dentro do aparelho em desuso por longo tempo, mesmo em uso abra eventualmente o compartimento da bateria e verifique se não houve vazamento do líquido da bateria. Para conectar em fonte ou aproveitar a alimentação do seu "board" de efeitos, verifique as voltagens e se é compatível com o valor dos efeitos, em geral, é igual.
Cabos:
De qualquer forma não esqueça, compre cabos de boa qualidade e faça um teste com eles, alguns verificam com multímetro para se certificar se existe fuga de corrente e consequentemente ruído ou chiado. Verifique a qualidade dos plugs, alguns tem a ponta mais triangular(esses estupram qualquer jack), os de ponta mais arredondadas são melhores e alguns importados de um país asiático, são fora de medida, acredite nisso! .
Os americanos são muito bons, inclusive pela qualidade de soldagem e pela solda utilizada, já utilizei cabos importados com os respectivos plugs também importados, um cabo já soldado com solda americana e outro com solda nacional, apresentaram diferenças dentro do ambiente de estúdio em termos de ruído. Procure sempre deixar os cabos em bom estado, na hora de guardar procure enrolar o cabo de forma que fique "grande" e não enrole pequeno. Se você resolver fazer um cabo, no mercado existe matéria prima para tal, não é qualquer cabo que serve. Tem aquele músico que comprou cabo de antena de televisão e fez um cabo, e o próprio acabou virando uma antena de recepção com muita interferencia de rádio. Não economize nos plugs, e capriche na soldagem dos mesmos. Aquela capa de tecido ou mesmo de plástico ou borracha sobre o cabo em si, também protege contra a estática, dobras e batidas. Com relação ao comprimento do cabo calcule que seja bem justo nas conexões fixas, cabos muito compridos sem necessidade não devem ser utilizados, principalmente nos estúdios, onde a preferência é por cabos suficientemente curtos. A perda de sinal pode alterar o espectro de frequência de forma sutil mas considerável em determinados casos.
Correias:
Neste item o lance é bem mais relax que os anteriores, a maioria dos produtos encontráveis no mercado são satisfatórios. Temos muitas variedades e o critério mais levado em conta provavelmente é o visual, mas tem coisas importantes sobre correias. Por exemplo, guitarras pesadas como Gibson Les Pauls devem ter correias mais largas, porque distribuem o peso melhor sob nossos ombros, aliviando bem mais o peso. Já os pinos onde são encaixadas as correias (end-pins) devem estar sempre bem apertados no instrumento e garantir que não se desprenderão jamais, alguns tipos de pinos são no sistema de trava-correia(strap-lock), o que garante que ela não se soltara. Se você vai deixar o instrumento na altura do joelho ou bem alto(como os sertanejos), ai é você e seu feeling que vai decidir, a correia deve estar bem colocada, isso é o que importa. Cuidado em deixar o instrumento no stand com a correia espalhada pelo piso, alguém ou você mesmo pode passar e a correia "enroscar" no seu andar e lá vai abaixo seu instrumento, quando guardar seu instrumento no hard-case cuide para que a correia não esteja atrapalhando no fechamento do case, nem que tenha se tornado um "calço" entre o instrumento e o case, dificultando o fechamento.
O Nut ou Capotraste
O apoio das cordas é feito em dois pontos específicos nos Instrumentos de cordas como guitarras, contrabaixos e violões, ou seja, nos carrinhos da ponte(saddles) e no capotraste ou nut. Vamos falar dessa pequena peça e nas implicações diversas sobre ela:
O nut pode ser feito de uma série de tipos de materiais:
Osso bovino: você pode encontrar em açougues, mas será necessário fervê-lo, o que pode ser desagradável pelo "cheiro" que vai impregnar você e sua casa. Em Pet Shops você pode encontrá-lo nas condições ideais, mas deve ser aquele tipo que não é defumado e sem sabor, ou seja, osso mesmo e na cor branca, sem ser muito fibroso por dentro. Com uma serra deve se cortá-lo no formato retangular um pouco maior do tamanho do nut desejado e depois lixando até a dimensão ideal. Em termos de som são macios e o atritamento baixo. Em geral, Instrumentos de médio e alto custo trazem o nut em "bone" ou osso e além de duráveis mantém a timbragem em qualidade.
Plástico: É possível encontrar nuts ou capotrastes de plástico em lojas de Instrumentos para reposição, já em dimensões próximas ao ideal, mas não é um material de boa aceitação pela maioria dos músicos, principalmente pelo visual.
Latão: dos metais provavelmente é o material mais usado para confecção de nuts. Pode ser encontrado em lojas especializadas em barras, em geral corta-se com uma serrinha e "shapeado" com limas e lixas, o acabamento pode ser bem feito através da granulação das lixas da mais grossa a mais fina e polido com cera ou outro polidor de metal, alguns costumam até "banhar com cromo" e deixá-los com um visual muito refinado. Timbre mais aberto, claro, agudo e relativo atritamento com a corda.
Fibra de carbono: encontrado em alguns Instrumentos "custom-made", em geral de cor escura e com boa aceitação, atritamento médio e timbre definido. Material de alta durabilidade e alto custo também.
Fibra de grafite: material de cor escura, quase sem atritamento, timbre um pouco "apagado" , esse tipo de nut pode ser encontrado em marcas de Instrumentos como Schecter, Moon e ESP. A empresa americana Graph Tech é a mais conhecida fornecedora de nuts e saddles de grafite. Pela boa lubrificação e pouco atrito é indicado para que usa muito a alavanca dos tremolos e faz vibratos violentos. A Graph Tech conseguiu nesses ultimos anos desenvolver uma concentração melhor do material melhorando mais o timbre.
Corian: Material híbrido(osso, caroços e plástico), tem sido um novo tipo de material com aspecto visual de um osso branco, boa densidade e dureza, possibilidade de visual muito bom com o polimento, som claro e muito usado também para saddles de violão com captadores de contato do tipo Piezo pela boa resposta do contato magnético.
Micarta: material sintético do "bone", ou seja, osso sintético com um visual "meio fosco" eventualmente "amarelado" parecido com o marfin(de elefante), material bem maleável ao lixamento, ótimo timbre, ótimo para fazer saddles para piezos e muito utilizado juntamente com o material anterior o Corian, pela Martin Guitars e outras conceituadas marcas de violões da América.
Marfin: Derivado do chifre de elefante é um material proibido pela Convenção Internacional de Washington, apenas liberado de uso pela Índia e Tailândia em motivos religiosos, para ser utilizado na manufatura de nut é extremamente caro, e tem características semelhantes ao osso, o visual é muito bonito.
Madrepérola: Material natural de extrema densidade e visual muito bonito, os provenientes das conchas mexicanas estão em voga atualmente, muito usado para confecção de nuts de Banjos e Bandolins. Preço alto e timbre brilhoso.
Para a confecção do nut é necessário "chegar" nas dimensões próximas do nut desejável ou do anterior, em geral trocamos o nut em questão de reposição por quebra, regulagem, timbre, troca de trastes e calibragem de cordas. Para a retirada do nut antigo deve-se observar o seguinte:
Alguns instrumentos são pintados com o nut já colocado(Fender, Gibson), tentar "arrancar" o nut deste tipo de Instrumento pode "arrancar" o acabamento próximo ao nut. Antes deve-se passar a lámina de um estilete por dentro do contorno do nut a ser retirado.
Nuts em geral são colados com a super-glue, ou colas acrílicas do tipo da super bonder com viscosidade média, com auxílio de uma chave de fenda e um martelinho, podemos remover o nut dando "batidinhas" bem colocadas em cada lado, tanto do lado do headstock em direção a escala e vice-versa.
Nuts de violões de alguns modelos da Martin são colocados pela lateral e não por cima, e colados com a Tite-bond(cola madeira), deve se "esquentar" o nut com um secador ou encostando um ferro de solda, amolecer a cola e com auxílio de um pino de madeira, martelar o pino na lateral do nut fazendo-o deslizar lateralmente. Em modelos onde podemos retirar o nut por cima, podemos utilizar um alicate turqueza depois de amolecer a cola.
Nut de guitarras e baixos Fender são finos e podem ser retirados martelando uma chavinha de fenda na lateral do nut, quando o nut levantar, inserir a chavinha na "abertura" e ir martelando devagar.
Normalmente os nuts ou capotrastes de violões eruditos não são colados, apenas encaixados.
Fazendo nuts e capotrastes
Com o nut já no formato próximo ao desejado, deve-se com o auxílio de limas e lixas procurar "acertar" o tamanho aos poucos. Uma morça de fixação pode ajudar no manuseio, basta prender na bancada ou na mesa e não "aperte" demasiadamente o material para evitar que ele se parta. A cavidade do nut deve estar limpa e os dois lado acertados iguais e não se esqueça que o "chão" da cavidade pode estar curva(na maioria das vezes), para os acertos normalmente usamos limas pequenas, lixas e um formão bem afiado para os mais experientes.
O acerto lateral deve ser feito primeiro, lixe até o nut "encaixar" na cavidade e depois lixe embaixo do nut para que se molde na curvatura da cavidade(lixando mais o meio e menos nas extremidades.Terminado isso,encaixe e verifique se o nut esta também com a mesma curvatura, apertando um lado e outro. Terminado comece a acertar o lado que ficará na parte de cima, ou seja, a lateral da ponta do nut (lado da corda mais grossa), onde é visível ao músico, acerte perfeitamente e passe o dedo e certifique que a lateral do nut faciou com o braço. Terminado acerte o lado de baixo(do lado da corda mais fina, não visível ao músico). Com o nut encaixado na cavidade, curvaturas acertadas,acertado nas laterais do braço, retire-o e com o auxílio da lima ou lixa acerte a altura do nut, e dependendo do tipo ou modelo do Instrumento, procure parâmetros em fotos ou modelos idênticos para dar o formato igual ao desejado.
Normalmente o lado faciado a escala é mais reto e o lado faciado ao headstock é "caído" ou mais rebaixado, dê uma arredondadinha nas pontas laterais e em relação a altura observe que normalmente o nut de guitarras, contrabaixos e violões é mais alto nas cordas grossas e vai ficando com altura menor em direção as cordas mais finas. Com um lápis ou lapiseira de ponta fina apoiada no traste 1, você pode riscar no nut a curva da altura, lixe até a linha e faça um pré-acabamento(parcial).
Você pode colar o nut na cavidade, ou não, deixando para o final. Se decidir colar, não coloque muita cola, apenas nas pontas e um pouco no meio, pode ser SuperBonder, pense sempre na possibilidade de retirar o nut novamente, se você colocar muita cola, dificultará posterior retirada.Em violões tipo Martin, Gibson,Taylor,Guild, tipos de violão Folk corda de aço, pode utilizar a cola madeira, mas demora 24 horas para secar. Alguns luthiers utilizam uma cola epoxy que também funciona, já violões eruditos de corda de nylon, não colamos o nut na cavidade, pelo menos é a tradição fora do Brasil, o próprio apoio das cordas fixa o nut.
Coloque as cordas no Instrumento apoiando-as um pouco tensionadas sobre o nut novo e com os dedos mesmo comece a espaçar as cordas observando se este espaçamento esta correto e igual para todas as cordas em toda extenção do nut. Marque com o lápis cada corda sobre o nut e comece a lixar as cavidades onde serão encaixadas as cordas. Para tal serão necessárias limas para este fim, tanto redondas como as retas com lixa na lateral, uma serrinha de fita também serve e levando o calibre de cordas como referência comece a fazer corda por corda. Procure sempre tensionar a corda e apertando a cada lixada entre o nut e o primeiro traste,verificar a profundidade da cavidade de encaixe da corda. Faça com paciência procurando não passar do ponto, senão a corda irá ficar com ação baixa e deverá encostar e vibrar com o primeiro traste, necessitando um "enxerto" para solucionar o erro. Quando lixar cada cavidade de cada corda, procure sempre deixar a cavidade justa e sem que a corda fique "dançando lateralmente".
Não esqueça da curvatura da escala, e quando fizer a cavidade não esqueça também que essa cavidade para assentamento da corda não é reta, é levemente inclinada em direção ao headstock para acertar o próprio assentamento da corda. Terminada as cavidade de cada corda toque um pouco e certifique se realmente esta regulado para sua "pegada". Se não colou o nut, cole agora, e faça o acabamento final do nut. Verifique a altura novamente, arredonde onde seja necessário, lixe com lixas de granulação fina(pode ser a Micro-Mesh), ou na falta delas passe uma cera automativa e lustre com um pano sêco. Coloque as cordas e está pronto.
Pontos a considerar:
O nut mal colocado pode ocasionar: trastejamentos, timbre ruim e arrebentar cordas.
Se a corda sempre arrebenta no nut pode ser que a cavidade de assentamento esteja torta, ou provocando um atrito que "arranha" e consequentemente arrebenta a corda.
Cordas de nylon esticam, por isso mesmo se arrebentaram um pouco distante do nut não significa que não seja o nut, elas esticam, não esqueça...
Lubrificar o nut com grafite é adequado para os alavancadores e vibrateiros violentos.
Guitarras com o sistema Floyd Rose tem a trava no headstock como se fosse um nut, por isso deve estar bem apertada.
O chamado "roller nut" é uma peça de metal que substitui o nut tradicional e pode ser encontrado para vários tipos de guitarras, excelente para sistemas de tremolos.
O nut do sistema Buzz Feiten(sistema abordado em matéria anterior) tem um desvio de cálculo diferente.
Quando temos o chamado "traste zero"(em algumas guitarras como Mosrite,Vox,Harmony, etc...) o nut funciona apenas para guiar a corda e não no apoio da corda. O traste zero estara sempre ao lado do nut do lado da escala, a corda se apoiará no traste zero e o nut apenas guia a corda para o headstock e tarraxas.
O que são potenciômetros de volume e tom???
Em geral esses controles se situam nos "tops" ou na parte frontal do Instrumento(guitarra e baixo) e na lateral(violão eletroacústico). Logicamente que o controle é feito pelo músico através dos "Knobs" ou capas que envolvem a haste dos potenciômetros, que estão devidamente colocados na cavidade onde temos a parte elétrica do Instrumento.
Este circuito ou componente elétrico conhecido como potenciômetro serve para controlar a quantidade de ganho enviado pelo captador do instrumento ao amplificador. Então é errado imaginar que o volume do instrumento esteja no potenciômetro, ou seja, na verdade o volume do Instrumento está no captador e no máximo, assim sendo o potenciômetro apenas controla isso através da sua manipulação.
O potenciômetro de tom serve de ajuste para graves e agudos, mas na verdade é um cortador de agudos através da filtragem feita por outro componente que atua conjunto ao mesmo potenciômetro e conhecido como Capacitor. Neste caso o potenciômetro de tom tira os agudos naturais do captador, filtrando-os, ou seja, tanto o potenciômetro e o capacitor "abafam" o timbre do captador.
Dentro do potenciômetro temos uma sapata ou um "skate" que corre sobre uma pista de carbono em formato de ferradura, isso é que faz variar o valor resistivo do mesmo, podemos consequentemente definir o potenciômetro como uma resistência variável. Envolvendo tudo isso temos uma carcaça que protege o sistema e ainda temos 3 terminais que ficam expostos para fora. Com relação ao valor resistivo, é a capacidade de fazer com que a corrente que entra por um terminal da resistência saia menor pela outra fazendo com que o restante seja dissipado por ela.
No volume, olhando o potenciômetro por cima, temos o terminal da direita conectado ao "terra" ou negativo, já os terminais do centro e da esquerda podem ser "in" ou "out" dependendo da forma que são combinados com chaves de seleção dos captadores ou não, mas ambos são positivos. Quando giramos o potenciômetro no sentido de aproximar o positivo do terminal do centro com o terminal esquerdo do terra, causamos um "curto" no sinal do captador e consequentemente estamos "zerando" o volume, na direção contrária estamos "liberando" o ganho do captador até o volume máximo.
Padronizando, olhando pela frente do Instrumento sentido horário temos volume abrindo, e na direção anti-horário o volume se fechando. Olhando por cima ou por trás do potenciômetro o sentido se inverte. Deixando esse enfoque mais teórico, talvez um pouco complicado de entender, vamos aos principais problemas e soluções.
Quando você "mexe" no volume do seu Instrumento soa um chiado desagradável.
Neste caso a pista de carbono deve estar suja. É necessário abrir o potenciômetro e limpar a pista com álcool isopropílico, muitos luthier apenas jogam um spray de WD ou algum tipo de spray anti-ferrugem o que não é indicado. Após a limpeza com o álcool isopropílico pode se jogar uma gota de óleo para lubrificar a pista. O desgaste da pista também provoca um chiado o que consequentemente pode ser resolvido com a troca do potenciômetro.
Troca de potenciômetros:
Verificar o valor do potenciômetro e o tipo do mesmo. O valor em geral está especificado na carcaça do potenciômetro, na dúvida, captadores singles(uma bobina) usam valores de 250K ohms e captadores humbuckers(2 bobinas) valor de 500K ohms, captadores ativos como da marca EMG usam valores de 25K ohms, Seymour Duncan ativos 100K ohms e algumas Telecasters vintages usam o valor de 1M ohms. O luthier saberá dar a melhor orientação ao músico nesse sentido.
O erro no valor do potenciômetro poderá afetar o timbre e ganho do(s) captador(es) provocando desequilíbrio entre eles. Um problema comum é quando temos Instrumentos antigos com potenciômetros originais e já desgastados. Neste caso temos um aumento do valor resistivo ao contrário do que muitos pensam, de que este valor teria diminuído. Ou seja, o desgaste provoca o aumento do valor resistivo e na reposição do mesmo com o valor original mais novo, a sensação de perda de ganho é evidente e como nosso referencial ou parâmetro é sempre o mais recente, dai a diferença...
Quanto ao tipo temos basicamente para Instrumentos Musicais os tipos A(logarítmico) e B(linear), o tipo A tem uma variabilidade aos saltos e o tipo B é progressivo ou gradativo, nas guitarras é basicamente utilizado o tipo A, nos contrabaixos o tipo B, nada rígido mas é, digamos, um padrão ou convenção. Entendendo melhor, quando usamos o tipo A ou logarítmico o sinal dá saltos e quando usamos o tipo B ou linear o sinal tanto de abaixar ou aumentar o volume é progressivo e gradual.
Quanto as marcas temos desde componentes nacionais aos importados e a maioria acessíveis em lojas do ramo. A troca é simples, mas vale lembrar que guitarras ou Instrumentos com relevo no "top", como guitarras acústicas e semi-acústicas, guitarras sólidas como Gibson Les Paul e Paul Reed Smith que tem o "top" em relevo, utilizam potenciômetros com hastes um pouco mais compridas devido ao mesmo relevo do "top". Na maioria das vezes não temos a altura suficiente para que a haste possa ser presa adequadamente no "top", obrigando a "escavar" mais a cavidade dos potenciômetros e enfraquecendo essa região.
O potenciômetro gira em torno de si mesmo dando voltas completas:
A porca que prende o potenciômetro abaixo do "Knob" na haste deve estar se soltando; basta apertá-la com cuidado, e observar se a fiação dos terminais não foi afetada ou rompida. Verificando na parte elétrica , pode ser que apenas o Knob esteja girando em falso sobre a haste do potenciômetro; neste caso basta apertá-lo com um pequeno ajuste na haste ou nele mesmo. É difícil o potenciômetro ter a sua trava interna rompida fazendo o "skate" girar por completo, mas pode acontecer. Temos que abri-lo e consertar ou trocá-lo.
O potenciômetro de tom não funciona, ou seja, o timbre não muda:
Rompimento do terminal do capacitor, um fio que se rompeu, solda fria(mal feita) e até possibilidade de erro no valor do capacitor. Sobre a carcaça dos potenciômetros encontramos também uma soldagem feita, um fio ou um condutor que une as carcaças dos mesmos. Essa soldagem visa unir o sinal do "terra" entre si por todo circuito do Instrumento. Muitas vezes essa soldagem pode estar mal feita e causar rompimento do condutor separando-o da carcaça, provocando ruído e que pode, apesar de visualmente estar soldado, estar em mal contato devido a inadequada forma de soldagem. Em ambos os casos temos então esse ruído.
Em casos de knobs de metal temos também uma pequena "fuga de corrente" e ao tocar o knob é possível notar um ruído de estalar, que em alto volume pode até ser desagradável. Colocando knobs de plástico evitamos essa "fuga de corrente".
Sobre a vida útil do potenciômetro, isso depende do uso de uma forma geral e dos cuidados preventivos relacionados a ação da sujeira e humidade. Mesmo sabendo que as cavidades da parte elétrica dos instrumentos musicais são fechadas, sabe-se também que isto não impede a penetração de humidade e poeira.
É sempre aconselhável procurar um profissional especializado para a manutenção adequada, mas isso não impede do músico de entender melhor alguns mecanismos técnicos do seu Instrumento.
Alguns Procedimentos Alternativos:
Ferver as cordas para melhorar o som???
Isso vai eliminar germes e bactérias, mas vai deixar o som sem brilho.Limpe as cordas com álcool absoluto (álcool isopropílico) que ele dissolve gordura, sujeira e ácido acumulado e prolonga a vida útil das cordas, por ser um álcool isento de água, não oxida as cordas ou utilize produtos específicos para tal finalidade. Atualmente no mercado, existem várias opções de produtos como óleo de Peroba na escala e WD-40 para ferragens.
Madeira pesada garantia de bom timbre?
Primeiro um breve histórico sobre alguns mitos:
"Os instrumentos antigos da Gianinni são muito bons"
Essa lenda veio da comparação dos instrumentos da Gianinni dos anos 70 com alguns mais novos da própria Gianinni (feitos na Coréia) e de algumas fábricas coreanas fabricantes de instrumentos com corpo de compensado. O fato dos instrumentos feitos pela Gianinni nos anos 70 serem de madeira, na maioria das vezes boa madeira, os torna superiores nesse aspecto a esses coreanos citados, muitas vezes tendo até mesmo uma sonoridade melhor. O que eles tinham de boa madeira careciam em padrão de construção, acabamento e quase sempre a tocabilidade era sofrível.
"Todos os instrumentos da fender dos anos 70 são excelentes e muito valorizados"
Essa lenda pegou mesmo aqui, e o motivo é que de modo geral os instrumentos da Fender, em especial os baixos Jazz Bass que existem por aqui são melhores do que os Fender atuais que aparecem em nossas lojas, mas os instrumentos da Fender dos anos 70, em especial da segunda metade da década de 70 por conta da falta de padrão existente nos Fenders desse período até a pouco podiam ser encontrados nas lojas de usados dos USA por preços até bem interessantes, principalmente as guitarras. Eles não têm tanto valor histórico quanto se pensa e podem ser encontrados exemplares tanto excelentes quanto sofríveis, principalmente pelas irregularidade com que eram escolhidas as madeiras, motivo pelo qual a maioria deles é muito pesada.
OBS: quanto mais antiga a peça de madeira e sem a umidade celular, mais estável vai ser o braço ou corpo e menos sujeita a variações perceptíveis.Madeiras muito novas ou com umidade celular tende a se contrair ou rachar com o tempo.
Explicando o mito:
A alta massa pode incrementar a sutentação das notas, e ainda assim, há um limite prático. Depois de um certo valor de peso, o tempo de vibração da corda fica por conta dele mesmo. O corpo não influi mais positivamente. Só que para conseguirmos um timbre agradável e rico, é preciso que o corpo do instrumento tenha um padrão de ressonância que ressalte certos harmônicos gerados pela corda. Por isso, o corpo precisa vibrar de maneira adequada. Madeira muito pesada ou outros materias ficam praticamente imóveis ou vibram de maneira "pobre" harmonicamente, e é por isso que apenas incrementam sustain, sem contribuir com timbre.
Guardar guitarra afinada ou desafinada?
A guitarra deve ser guardada da maneira como você toca, se toca com ela afinada, guarda ela afinada pois a tensão das cordas se equilibra com a do tensor e deixa o braço tranqüilo. Se você desafina, prevalece a tensão do tensor e o braço pode empenar. Deixa-a deitada com as cordas para baixo ou apoiada na parede com pouca inclinação e as cordas voltadas para a parede num lugar onde ninguém possa esbarrar. Sempre que possível a deixe respirar fora do bag longe do sol, poeira e umidade.
Guitarra pendurada pelo headstock empena o braço?
Se o instrumento está pendurado pelo headstock, com o tensor bem regulado e as cordas afinadas, não causará dano algum nem ao braço nem a nada. O problema é o Calor excessivo e a umidade que causam problemas no corpo do instrumento se a guitarra é bem construída suporta tranqüilo seu peso.
Explicação física:
O braço tem seção cerca de 250 vezes superior ao necessário para suportar a ele mesmo e ao restante do peso do corpo e o fato de estar pendurado retilineamente, não causa nenhum momento torçor, cisalhamento ou ruptura, pois os pontos de reação estão no headstock e não num setor do braço. A força da gravidade, em teoria, agindo, tenderia a deixar o braço ainda mais estável é como se o peso do corpo ajudasse a esticar sensivelmente o braço para baixo.Madeiras americanas como Ash, Basswood, Alder e Maple, resistem bem a climas frios com menor umidade relativa pois vieram de ambientes mais frios. Madeiras nacionais como Cedro, Marfim, Mogno, Jacarandá, dentre outras, também tem uma ótima resistência às intempéries, pois nasceram em clima tipicamente tropical.O grande problema das madeiras importadas seria o calor. mesmo bem "fechadas" ou seja, com várias camadas de acabamento, madeiras como Alder, rosewood e basswood, sofrem contração com o calor e encolhem, ainda que milimetricamente. Evidências deste encolhimento são aparecimento de "quinas" ligeiramente perceptíveis ao tato, na borda do braço/escala ou na tira de arremate do tensor atrás do braço(o rosewood diminuiu), trincamentos por baixo da pintura na região do tróculo, no encaixe do braço (comum em basswood). Em casos extremos a escala chega a descolar do braço.
Ferrujem nos captadores
Os pólos dos captadores enferrujam devido o suor das mãos, quanto mais acido for o suor mais chance os pólos tem de enferrujar, esse problema só afeta a aparência do instrumento mesmo, pois a oxidação não afeta em nada no som.
I - Isole com durex ao redor do captador para evitar arranhões.
II - Com uma lixa d'agua de número 240, raspe os pólos e para o acabamento use lixa de número 600 e 1200 em seguida limpe o captador com ácool isopropílico.
III - Para evitar que esse problema retorne coloque uma gota de super bonder ou esmalte incolor em cima de cada pólo do captador para impermeabilizar assim impedindo que volte a enferrujar.
Regulagem das oitavas
Uma boa forma de se descobrir algum desajuste na afinação é fazendo um harmônico no 12 traste da corda que vai ser analisada,em seguida pressione a nota do 12 traste e compare as duas notas com a ajuda de um afinador.
O braço da guitarra deve ter a mesma distância entre o capotraste e o 12 traste e entre o carrinho da ponte ate o 12 traste.(Como a espessura das cordas interfere na afinação, cada corda possui um saddle especifico)
A dica é a seguinte:
I - Usando o afinador compare o harmônico e a nota tocada, se as duas estiverem iguais a afinação esta perfeita não mexa!!
II - se a nota do harmônico estiver menor que a nota tocada,a distância entre o carrinho da ponte e o capotraste está pequena então deve aumentar a distância entre eles puxando o carrinho para traz
III - Se a nota do harmônico estiver maior que a nota tocada a distancia entre o saddle e o capotraste está pequena,deve empurrar o saddle pra frente
Gordura na escala
Esse acúmulo de resíduos dependendo da quantidade pode atrapalhar na hora de execução de algum acorde. Além de deixar uma aparência sebosa no seu instrumento.
As dicas a seguir só devem ser feitas em escalas escuras como jacarandá, pois as claras já são impermeabilizadas com verniz.
I - Retire as cordas do seu instrumento e com um pedaço de bombril esfregue no braço do instrumento para retirar a gordura
II - Para tirar os resíduos que estão difíceis de sair, você pode passar um pouco de óleo de limão. Que você pode fazer espremendo meio limão e colocando a mesma quantidade de óleo, mexa e aplique no braço do instrumento com um algodão.
Agora antes de tocar lave as mãos né seu imundo, para que isso não retorne a acontecer.
Regulagens de Tensores
Sua principal finalidade é o alívio existente entre o braço e a corda, comandando a regulagem do braço e facilitando a tocabilidade do instrumentista, aumentando ou diminuindo a ação das cordas no início e no meio do braço.
O alívio é a curvatura da escala gerada pela tensão das cordas (a curvatura positiva), que acontece por razões como:
- Falta de regulagem do braço do instrumento em relação a tensão das cordas
- Mudança de clima
- Transporte inadequado
O alívio do braço pode ser diminuído ou aumentado apertando ou afrouxando o tensor, adequando-se ao estilo e pegada individual do músico e a diversos tipos e espessuras de encordoamentos encontrados no mercado. Os tipos de tensor são:
Simples: É formado por haste, bucha e bala (bullet), sendo esta última usada como acesso à regulagem do tensor. É uma peça removível, exposta no início da paleta (headstock) ou no final do braço sendo que, neste último, para se fazer a regulagem deve-se retirar o braço, com exceção de alguns modelos de instrumentos em que a bala se situa em um vão aberto no corpo, junto ao captador do braço. A bucha, serve para dar fixação ao tensor dentro do braço e o funcionamento do tensor depende de sua colocação, pois se feita de errado, pode gerar um mal funcionamento do sistema, como a impossibilidade de desentortar o braço em caso de uma tensão mais forte do encordoamento. Este tensor é encontrado em modelos antigos, tradicionais e standards (básicos) de guitarras e baixos de várias marcas e exige uma regulagem periódica principalmente quando há mudança de clima, de temperatura ou em caso de trocas de cordas, quando há mudança de espessura (por exemplo de 0.09 para 0.10). Muitos modelos de baixos principalmente de seis cordas ou mais são construídos com dois tensores colocados lado à lado, facilitando a regulagem do braço que além de mais largo sofre maior tensão das cordas por seu maior número e peso.
Duplo: É composto por duas barras sobrepostas, sendo uma fixa e outra móvel, tornando a regulagem mais precisa e maior resistência à tensão das cordas. O princípio de funcionamento deste tensor é o mesmo do simples, sendo que a bala também é removível quando o tensor é afrouxado (em alguns modelos de Ibanez, por exemplo) e fixo em outros modelos, cuja a regulagem exige uma chave em formato de cachimbo (Jackson, por exemplo). Pela sua maior resistência à tensão das cordas, geralmente este tensor equipa braços mais finos.
De duas vias: É o tensor que pode ajustar o braço em ambas as direções. Ele é formado por duas barras sobrepostas, uma fixa em cima de uma móvel, que apresenta duas roscas: em uma extremidade, uma rosca normal; na outra, uma reversa. Neste tensor, a bala (bullet) é fixada na barra inferior (móvel) e não é removível, pois ao invés de trabalhar com uma bucha, ela trabalha com duas, sendo uma em cada rosca. Este tipo de tensor é raro no Brasil, equipando instrumentos top de linha Fender (tensor Bi-Flex) e em algumas PRS (double action truss rod).
Dicas de Compras
A maior influência que o tensor pode oferecer na hora da compra da guitarra ou do baixo é em relação ao braço do mesmo. Neste caso, a primeira coisa que você tem que se preocupar é a verificação do braço em termos de tocabilidade, pegando a guitarra e verificando a ação das cordas e a regulagem do mesmo, notando se ele está reto ou empenado. Peça para o vendedor sempre uma guitarra ou baixo guardado no estoque ou, de preferência, longe das vitrines ou qualquer tipo de exposição ao sol e umidade. Caso não seja possível, peça que este instrumento exposto seja regulado e de preferência tenha cordas novas, pois só assim dará para perceber se o tensor tem um bom funcionamento.
Geralmente, problemas com tensores são gerados pela má construção do braço do instrumento, sendo um problema de fábrica, pois as guitarras vem de fábrica com encordoamento 0.09 e os baixos com encordoamento 0.45, nunca saberá se com encordoamento de maior ou menor bitola dará uma regulagem precisa ao braço, por questão de funcionamento do tensor.
Em todo caso, lembre-se que para você diminuir o alívio entre a corda e o braço, desempenar, basta girar o tensor com uma chave que vem com o instrumento ¼ de volta para esquerda. Para aumentar o alívio gire ¼ de volta para a direita. Se não resolver gire mais ¼ de volta até apertar ou soltar o tensor. Se ainda não resolver aconselho a levar seu instrumento a um luthier de confiança. Não se esqueça de verificar se o braço do instrumento não está torcido (twister), pois mesmo com o tensor funcionando ele não poderá resolver o problema do braço.
Comentários
Postar um comentário